![]() | |
AOS MEUS FILHOS Quando eu morrer, se for cremado, lancem minhas cinzas ao léu, num vôo de liberdade e como poeira fertilizante sobre a terra caia. Porque assim: Serei ESPERANÇA na relva que nasce Serei BONDADE na sombra que abriga Serei CARINHO na brisa que afaga. Serei SAUDADE na árvore que tomba Serei VIDA no grão que alimenta. Serei LÁGRIMA no orvalho que se desfaz. Serei LUZ,CALOR na labareda que aquece e ilumina. Serei AMOR na ternura da flor que desabrocha Serei ALEGRIA na festiva alvorada da madrugada. E no contraste da vida do morto vivo Estarei presente na PERVERSIDADE dos espinhos que enfeitam os cactos e na INGRATIDÃO dos que protegem as rosas. Estarei presente na MALÍCIA disfarçada da urtiga e na MALDADE agressiva do carrapicho. Estarei presente no ORGULHO do ipê florado e no EGOÍSMO do mandacaru sem sombra. Enfim, meus filhos: No sussurro do vento, Na folha que cai... A qualquer momento Encontrarás teu pai Autor: Luís Jucá Arrais Maia Contribuição de Maria da Penha M. Fernandes | |
![]() |


Nenhum comentário:
Postar um comentário